REPORTAGEM
Amigos do homem e do verde

          “Para todo mundo que trabalha pela inclusão dos catadores no sistema de coleta de lixo. Para quem é catador com muito orgulho. Para todo mundo que separa o seu material reciclável para um catador. Para todo mundo que sabe que meio ambiente não pode ser discutido em separado da inclusão social”, convida à conscientização a comunidade no site de relacionamentos Orkut, "Reciclagem sem catador é lixo!”.
          “Quando eu vejo pessoas que trabalham na catação com o orgulho que eu vi naquele congresso, só posso admitir que efetivamente o Brasil está mudando de cara”, disse o Presidente Lula no programa de rádio Café com o Presidente, dia 03 deste mês. Complementou ainda, ao citar a responsabilidade social dos catadores e os projetos para melhorar a classe, como o incentivo à criação de cooperativas pelo BNDES e a doação de carrinhos elétricos para a coleta.
          A situação dos catadores, entretanto, não é tão diferente daquelas em que se encontra o material com o qual trabalham. Preconceito, baixa remuneração salarial, vulnerabilidade à doenças, concorrência com empresas são alguns dos problemas enfrentados por quem quer obter renda e cuidar do meio ambiente.
          Segundo o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, os “amigos do homem e do verde” representam um milhão de pessoas, tendo como apoio cerca de 350 grupos de cooperativas em âmbito nacional. E de acordo com o IBGE, dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 35% têm sistema de coleta seletiva e 43,5% têm parcerias com cooperativas de catadores. Mesmo sendo o Brasil um dos que mais recicla no mundo, os materiais geralmente são coletados e reciclados diretamente por empresas, não por catadores.
          No Agreste de Pernambuco, três organizações não-governamentais se destacam ao tentar reverter a situação de quem sobrevive do lixo. A Asproma, os Agentes Ambientais de Pesqueira e Bagulhadores do Mió, respectivamente, são: mediadora de materiais; organização de catadores; associação de coletores e recicladores. Conheça estas organizações, as ações realizadas por elas e as dificuldades enfrentadas.


70% do lucro é para catadores
Agentes ambientais usam apenas 5% do lixo
Ong de reciclagem deixa Gravatá

 
 
Free Web Hosting